Florestan e o camponês polonês
Fazer buscas na internet é algo que tem proporcionado conhecer objetos que eu nem sequer desconfiava da existência.
Como essa resenha de Polish peasant in Europe and America, de Thomas e Znaniecki, escrita por Florestan Fernandes e publicada na Revista de Antropologia da USP (vol. 8, no. 2, 1960, pp. 166–168).
Trata-se de resenha da reedição de 1958, composta por dois volumes, diferenciando-se da edição original de 1918 – 1920, publicada em cinco volumes.
No início de sua resenha, Florestan nomeia a obra Polish peasant de “revolução metodológica” que inaugura a “era moderna da sociologia” como “ciência especial e empírico-indutiva”.
Lembro-me que ele havia citado a “contribuição metodológica” dessa dupla de autores em seu ensaio A sociologia: objeto e principais problemas (In: Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Pioneira, 1960, pp. 11–45).
Ao final da resenha, Florestan recomenda à obra tanto àqueles que se iniciam nos “segredos da pesquisa” quanto aos já veteranos na sociologia.
Pode-se constatar que à época, Florestan recepcionou de maneira positiva a obra, que àquela altura, quarenta anos após a primeira edição, tornara-se canônica.
Raphael Cruz
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