Risco
Interessante perceber como um telejornal se relaciona com o seu patrocinador (o anunciante que exibe seu comercial no intervalo do jornal).
Por exemplo, hoje, assistindo à Globo News, passou, durante o intervalo, o comercial da Bradesco Seguros.
Nele, um sujeito andava entre os andaimes de um prédio em construção enquanto o narrador falava ser melhor se precaver e fazer um seguro do que remediar.
O comercial relatava riscos comuns, como uma churrasqueira que pode lhe queimar, um infarto durante o sono, uma queda que pode quebrar sua perna.
Assim que o telejornal volta, o bloco de notícias trata da morte de uma idosa e do óbito de uma criança, que supostamente caiu da janela de um prédio residencial.
Queria ter inocência o suficiente para pensar que o patrocinador do telejornal não influenciou essa sequência de notícias.
A ideia de risco, relatada tanto no comercial como nas notícias que a seguiram, sugeria que da criança à idosa, todos estão expostos ao risco e o melhor é providenciar seu Seguro Bradesco.
Fica então uma pergunta, até que ponto quem paga a banda não escolhe a notícia?
Raphael Cruz
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